sábado, 4 de dezembro de 2010

Querido diário...

Como todas as meninas um dia já tive um diário cor-de-rosa. Quando era criança meu sonho era ter um, aqueles com cadeado e as folhas coloridas. Meu pai demorou um pouco para comprar um para mim, aliás ele demorou bastante. Eu até o entendo. Minha mãe tinha acabado de ter um bebê e recebeu a notícia que iria ter outro. A situação complicou um pouco neste ano. Eu tinha 6 anos quando isso aconteceu, fazia 1 ano (mais ou menos) que eu havia aprendido a ler e escrever e
queria expressar todos os meus desejos em anseios nas folhas de um caderno decorado. Isso era muito importante para mim.
Lembro que passou uma novela mexicana em que a menina tinha um diário azul e rosa... aaai eu queria tanto ter um igual. Ela escrevia tantas coisas inteligentes, e eu por alguns instantes sentia um pouco de inveja dela.
Hoje, não tenho um diário cor-de-rosa ou qualquer coisa do tipo. Mas, tenho algumas páginas disponíveis para expressar os meus sentimentos, alguns até ocultos, outros nem tanto, mas consigo gritar em silêncio palavras que às vezes não soam com tanta facilidade.

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